A Meningite pode ser causada por bactérias, vírus ou fungos e se caracteriza pela inflamação das meninges (membranas que revestem e protegem o sistema nervoso central).
Os sintomas, inicialmente, podem ser parecidos com os da gripe, evoluindo para fotofobia (incômodo com a luz), dor de cabeça, febre alta e repentina, náuseas e vômitos (normalmente em jato), rigidez na região do pescoço, o que impede encostar o queixo no tórax, confusão mental e dificuldade de concentração, convulsões, sonolência, pequenas manchas vermelhas no corpo (chamadas petéquias) e recusa alimentar. Os sintomas nos bebês incluem também a moleira tensa e abauladas, choro intenso, rigidez no corpo e irritação.
Para diagnosticar a meningite, além do exame clínico, realiza-se a coleta de liquor (líquido da espinha), que identifica o agente infeccioso. O diagnóstico precoce e preciso é fundamental para que a doença possa ser tratada, sem deixar sequelas neurológicas, e para sua cura.
A doença meningocócica causada pela Neisseria meningitidis, uma bactéria, é tida como a mais grave. Sua evolução é rápida e pode levar a óbito em um curto espaço de tempo. Há outras bactérias que também causam meningite, como o Haemophilus influenzae tipo b e o Streptococcus pneumoniae, sendo essas mais agressivas quando comparadas à meningite viral. A meningite fúngica ocorre com menor frequência, afetando pacientes com o sistema imune debilitado, como pessoas com HIV ou com câncer.
A meningite pode causar sequelas como: diminuição da capacidade intelectual, epilepsia com convulsões, paralisias e surdez. No entanto, as sequelas são mais raras no caso das meningites virais.
A melhor prevenção é através da imunização. Atualmente existem vacinas contra: Haemophilus influenzae, Streptococcus pneumoniae e meningite meningocócica dos sorogrupos A, B, C, W135 e Y – sendo uma vacina contra os Meningococos ACWY (conjugada), lançada no Brasil em 2011 e outra contra o Meningococo B, lançada no Brasil em 2015.
Dr. Fábio Argenta / CRM MT 4194
Especialista em Cardiologia – RQE 2859
Especialista em Medicina Interna – RQE 1129
Especialista em Medicina de Urgência – RQE 31